Reza o velho e conhecido ditado: “Quanto mais eu rezo, mais a assombração aparece!” Faço minhas as sábias palavras deste adágio popular. Na última crônica que escrevi para esta coluna me pus a refletir sobre o pão e circo da política brasileira. Pois, confesso, de alma e consciência, que ando meio que preocupado com os rumos políticos do nosso país. Bem verdade que tudo parece estar muito bem, mas não está, e vou dizer o motivo!
Recentemente fui surpreendido com uma informação veiculada por um dos grandes sites de notícias da web sobre algumas “coisinhas” nada agradáveis que andam acontecendo no submundo da política em Brasília. Como duvidar é humano, não seria diferente com este que vos escreve. Fui procurar sobre a veracidade da informação e realmente concluí que ela é autêntica.
Como se já não bastasse termos que “engolir a seco” aquela querela do mensalão que mais parece uma novelinha de mau gosto que, diferente das outras, teve começo e um meio sem direito a fim, temos que suportar sob a égide de “reforma política” a aprovação do mandato de cinco anos. Pelo amor de Deus! Onde vamos chegar?! Alguém nos perguntou alguma coisa? Houve algum referendo para ratificar se o povo – cidadãos de urnas – aprova essa medida?! Neca, como dizem os mineiros!
Nos anos 60 o golpe militar chegou de mansinho, como vento no litoral e investiu sobre o governo de Jango. Eu ainda não estava lá, mas sabe-se pela história, que a vozes uníssonas, bradam aos quatro cantos que não houve período pior nesta terra de Santa Cruz. Preveem com esta arbitragem pôr um fim à reeleição para os cargos do executivo – prefeito, governador e presidente – e, ampliarem (possivelmente para dez anos – ainda não está definido) os mandatos dos senadores.
Como já se sabe, se a cada eleição levamos pancada, durante quatro anos, devido às escolhas aberrantes que fazem os “doutos” eleitores deste país, imaginem agora, homens de boa fé e consciência, como vai ficar a coisa, ficando os políticos num mandato de cinco anos com inúmeras possibilidades de reeleição para o legislativo?
Posso ser precipitado, mas a crise política agora armou a barraca em meio à esta sociedade, que cada dia mais faz da democracia participativa (e não somente representativa) - que me entendam, por favor, uma quimera. Muitas surpresas estão por vir, não sou profeta nem visionário, mas nuvens escuras pairam sobre a nossa “República” só não ver quem não quer! Espero que não seja uma nova forma disfarçada de ditadura aos moldes contemporâneos que venha a abater os nossos dias e tolher o sonho e a utopia de quem ainda luta às escondidas por uma Brasil melhor.
Quem espera sempre alcança, prefiro morrer tentando a morrer sem tentar. Outra vez para fosso da ditadura?! Não, obrigado... a nação agradece! 
Um forte abraço a todos!